BlogMindfulness e Compaixão

Como a Autocompaixão Pode Reduzir Sintomas de Ansiedade

Descubra como a prática da autocompaixão pode ajudar a aliviar os sintomas da ansiedade, promovendo mais equilíbrio emocional, acolhimento interno e saúde mental.

Introdução

A ansiedade tem se tornado um dos principais problemas de saúde mental do nosso tempo. Segundo a OMS, o Brasil lidera o ranking de países mais ansiosos do mundo. Em meio a tantas pressões e expectativas, muitas mulheres enfrentam a ansiedade em silêncio, sentindo-se sobrecarregadas, cobradas e desconectadas de si mesmas.

Mas existe um caminho mais gentil: a autocompaixão. Diferente do que muitos pensam, autocompaixão não é se vitimizar, e sim desenvolver uma atitude interna de acolhimento, respeito e humanidade diante das próprias dificuldades. Quando aprendemos a nos tratar com mais gentileza, a ansiedade começa a perder força.

O que é autocompaixão?

A autocompaixão é a capacidade de olhar para si mesma com empatia, compreensão e cuidado — especialmente em momentos de dor, falha ou insegurança. É como ser sua melhor amiga em vez de sua pior crítica.

Segundo a pesquisadora Kristin Neff, pioneira no estudo da autocompaixão, ela é composta por três pilares:

  1. Autobondade (self-kindness): tratar-se com carinho em vez de dureza.
  2. Humanidade comum (common humanity): reconhecer que todos sofrem, e que errar é parte da experiência humana.
  3. Atenção plena (mindfulness): observar emoções difíceis com equilíbrio, sem se identificar totalmente com elas.

Essa combinação é poderosa no combate à ansiedade, porque cria uma base de segurança emocional interna, mesmo quando o mundo externo está em caos.

Como a autocompaixão reduz a ansiedade?

💭 Rompe o ciclo da autocrítica

Muitas mulheres ansiosas são extremamente exigentes consigo mesmas. Pensamentos como “não sou boa o suficiente” ou “eu deveria dar conta” alimentam a ansiedade. A autocompaixão ensina que errar e falhar fazem parte da vida, e que tudo bem descansar, dizer “não” ou pedir ajuda.

🧠 Regula o sistema nervoso

Quando nos criticamos, ativamos o sistema de ameaça do cérebro, liberando cortisol (hormônio do estresse). Já a autocompaixão ativa o sistema de afiliação, promovendo a liberação de ocitocina (hormônio do bem-estar). Isso ajuda a acalmar o corpo e a mente.

❤️ Cultiva segurança emocional

Com autocompaixão, aprendemos a acolher nossas emoções ao invés de reprimi-las ou julgá-las. Isso cria um espaço interno seguro, onde podemos sentir sem medo e aprender a responder aos desafios com mais equilíbrio.

🧭 Desenvolve resiliência

Pessoas autocompassivas não são frágeis — são mais resilientes. Elas reconhecem seus limites, validam suas emoções e conseguem se reerguer com mais rapidez após quedas emocionais.

Prática de autocompaixão para momentos de ansiedade

Sempre que sentir a ansiedade surgir, experimente esse exercício:

  1. Pausa consciente – Feche os olhos por um momento e traga atenção à respiração.
  2. Reconheça a emoção – Diga para si mesma: “Estou sentindo ansiedade agora. Isso é difícil.”
  3. Lembre-se da humanidade comum“Muitas pessoas se sentem assim. Não estou sozinha.”
  4. Ofereça bondade a si mesma – Coloque a mão no peito e diga algo acolhedor, como:
    “Que eu possa ser gentil comigo neste momento.”

Pode parecer simples, mas esse tipo de prática feita com regularidade tem efeitos profundos na forma como nos relacionamos com o sofrimento

Dica de ouro: transforme sua autocompaixão em rotina

Não basta praticar apenas em momentos de crise. Quando a autocompaixão vira parte da rotina, ela fortalece a base emocional necessária para lidar com desafios diários. Algumas formas de cultivar isso:

  • Escrever cartas de acolhimento para si mesma;
  • Usar afirmações positivas diante do espelho;
  • Criar um diário de emoções com foco em escuta e compreensão;
  • Ter lembretes visuais em casa com frases de apoio.

Conclusão

A ansiedade pode parecer um monstro invisível, mas com a prática da autocompaixão, aprendemos a enfrentá-la com ternura, firmeza e consciência. Não se trata de eliminar o sofrimento, mas de aprender a estar com ele de um jeito mais saudável e menos solitário. Ao aprender a se tratar com respeito, cuidado e humanidade, você começa a curar a ansiedade na raiz — que muitas vezes é a falta de amor por si mesma.

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Flavia Oliveira

Olá! Eu sou formada em Psicologia pela PUC-Minas em 1996, sou mãe de um adolescente e sou muto feliz por contribuir para que mais e mais pessoas possam encontrar caminho de Luz através das terapias e agora também através do meu blog. Aqui eu escrevo sobre as coisas em que eu acredito e aplico em meu dia-a-dia! Espero que possa contribuir com vocês! Sejam todos bem vindos! Sejam todas bem vindas!!!

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